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30 de agosto de 2013

Olhares

Fui pensar de olhos fechados
Sonhar de mente aberta
Andar por uma rua deserta
Sem olhar para os lados

Tentei juntar detalhes
De um texto sem fim
Significados de mim
De um mundo de olhares

Quando os olhos abri
Pouca coisa fora havia mudado
De um futuro muito sonhado
Ainda muito pouco vivi

Abrindo os olhos por dentro
Tanta coisa modificada
O início de uma jornada
Um rio de ideias correndo

Quero sonhar de olhos abertos
Não mais ficar parada
E por toda a caminhada
Contar com seus olhos sinceros

28 de agosto de 2013

De branco a arco-íris...

Estou aqui... 

Sofrendo de um mal que aflige a qualquer ser que se presta a deixar uma marca sobre a face da terra em forma de palavras e idéias. Quem escreve sabe o que estou falando. Sabe exatamente daquele momento angustiante em que se vê em sua frente aquela folha limpa, tendo linhas convidativas ou não, ou uma página em branco de um editor de texto comum, com aquele cursor inquieto, ávido de uma palavra... Sabe exatamente o que se sente quando olhamos desconcertantemente para aquilo e como se pedíssemos desculpas, dizemos: "Deu branco!!!".
Eu sei, não há tormento maior para um escritor que o de não saber o que escrever... É simplesmente insuportável! Pode ser aquela inspiração que de tão boa se esvai quando nos aproximamos do papel. Pode ser aquela frase que falta para concluir o texto que está na ponta da língua ("ou seria melhor da caneta?"), mas que por alguma razão não sai! Ou até mesmo o simples vazio de idéias onde não achamos nada que consiga nos movimentar a escrever uma linha, 
Talvez exista quem pense diferente... Mas alguém, que como eu, gosta dessa deliciosa brincadeira de escrever, sabe o quanto é tortuoso sentir essa imensa vontade de querer por algo no papel e não saber sobre o que falar. E quando, num súbito momento de inspiração, aquela idéia aparece, um parágrafo pronto surge em sua mente como há muito não acontecia e pra seu desespero, não existe uma caneta ou um pedaço de papel disponível! Como é frustante...
Mas estou aqui, vencendo este estado de inércia literária, fugindo de qualquer sintoma que possa indicar que tudo possa voltar! Estou aqui para dizer que sim, há cura pra isso! Existe sim uma luz no fim do túnel, é seguir em frente, manter a calma e botar pra produzir!!! No entanto, também não há como fugir... Algum dia, mesmo sem querer, ou até sem perceber, intimamente, será dito: "Deu branco!!!"

*Texto escrito originalmente em 14/11/2006

13 de agosto de 2013

Rio

Ah Lua, ame!
Parece menina
Lembra um dia
O Sol que se foi

Oh Lua, chore!
Choro ensina
Amor que tardia
É que nunca se pôs

Sim, Lua, pare!
Pranto termina
Em Rio que corria
União do que foi dois

Parintins - AM